quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A RITUALÍSTICA DO RITO SCHRÖDER



Abertura Da Loja No Rito Schröder

A abertura de um templo no Rito Schröder é precedida de um Trabalho de Templo, quando o V\M\ se reúne com seus Oficiais para preparar a Sessão.
Depois de tudo definido, o V\M\ arma o Compasso e o Esquadro no Grau de Aprendiz sobre o Livro da Lei, que irá permanecer fechado durante toda a Sessão, e convida os Oficiais para ocuparem seus lugares.
Em seguida, o V\M\ solicita que o 1º Diac\ verifique se o Templo está coberto, se os presentes são todos maçons, e se estão com suas insígnias, para então conduzi-los à Oficina em cortejo organizado, tendo à frente os Grandes Oficiais e Mestres Instalados, que incluem os V\M\ e P\M\ presentes, e na sequencia, os MM\, CC\ e AA\, sejam eles visitantes ou membros da loja.
De acordo com a ritualística, o cortejo deverá ser conduzido em torno do Tapete, pelo Norte, do Ocidente ao Oriente, sendo que o 1º Diac\ao chegar no Oriente, ali permanecerá para orientar e indicar os lugares dos maçons ali presentes.
O 2º Diac\ permanecerá no Ocidente e irá indicar os lugares aos MM\, no Sul e no Norte, nas fileiras de trás. Os CC\ao Sul, e os Ap\ao Norte, irão sentar nas primeiras fileiras.
Entretanto, a entrada também poderá ser feita com menos formalidades, sem o cortejo, apenas com o auxílio dos Diáconos para que cada Ir\ tome seu assento e aguarde a Abertura dos Trabalhos na Oficina.
Após os Irmãos em seus respectivos lugares, o 1º Diac\irá se dirigir ao Sul, pelo Ocidente, e de lá, após dar três batidas fortes com seu bastão no chão, comunicará ao V\M\ que “por vossa ordem, todos os Irmãos estão reunidos no Templo”. 

- Desdobramento do Tapete e Acendimento das Três Pequenas Luzes

Na sequência, os Irmãos Diáconos, por determinação do V\M\, estendem o Tapete que se encontra dobrado antes da abertura do Templo. A abertura é feita ritualisticamente, seguindo o caminho do Sol, do Oriente para o Ocidente, “para que os primeiros raios do Sol incidam sobre o Tapete”.
O V\M\ entrega ao 1º Diac\ uma pequena vela auxiliar, presente no Altar, que é acesa e levada aos Vigilantes para que acendam as velas sobre suas mesas. Em seguida aguarda a chegada do V\M\ na posição Nordeste do Tapete, para que este acenda a grande vela que o representa e encontra-se apagada ao lado do seu respectivo castiçal. O 1º Diac\ apaga a vela auxiliar que carrega e retorna ao seu lugar no Oriente.
Inicia-se o ritual para acendimento das Três Pequenas Luzes da Oficina, representada por grandes velas amparadas por seus castiçais, que podem ser apoiados em colunas, porém sem conotação ritualística.
Após o V\M\ e os Vigilantes se colocarem ao redor do Tapete com as velas acesas em suas mãos, o V\M\, de frente para o Ocidente, apóia a primeira grande vela, com as seguintes palavras: “-Sabedoria, dirige nossa Obra!”, e coloca-se à Ordem. O 1º Vig\,de frente para o Oriente, o segue com a exaltação: “-Força, executa-a!”. Por último, o 2º Vig\, que diz em bom som: “-Beleza, adorne-a!”. Os três fazem e completam o sinal do grau e retornam ao seus lugares.
Ressalta-se que estas grandes velas, mesmo quando seus castiçais são apoiados em colunas, estas não representam as colunas do Templo de Salomão, mas sim colunas simbólicas que representam a Sabedoria, a Força e a Beleza, que simbolicamente sustentam as Três Pequenas Luzes da Oficina, que segundo a visão de Schröder, são o Sol, a Lua e o V\M\.
Na sequência, o V\M\ retorna ao seu lugar no Oriente e retoma a ritualística para a conclusão da Abertura da Loja. Solicita que todos se coloquem “à Ordem” e inicia uma série de perguntas a serem respondidas pelos Diáconos e Vigilantes, de acordo com o previsto no ritual de cada grau. Após as respostas conclui dizendo que está na posição de V\M\ por livre escolha dos Irmãos e faz a leitura de uma oração. Ao término, em conjunto com todos os Irmãos, o V\M\completa o sinal do grau da Sessão e declara que “a Loja está aberta” e convida a todos por uma “saudação” (todos executam a bateria maçônica na batida do grau).
É feito a leitura e aprovação dos balaústres anteriores, se houver, e dos expedientes, selecionados anteriormente e considerados de interesse dos Irmãos. Em seguida é anunciada a Ordem do Dia ao Secretário da Oficina, para que se dê o devido prosseguimento.

Encerramento Da Loja No Rito Schroeder

Encerrados os trabalhos o V\M\, desejando fechar a loja, pergunta ao 2º Vig\ se alguém solicita a palavra a bem da Loja ou da Maçonaria em geral.
No rito Schröder, a palavra é concedida somente pelo 2º Vig\. Este pergunta para toda a Oficina, inclusive para Aprendizes e visitantes, se alguém deseja fazer o uso da palavra. E pela ritualística, para o Irmão se utilizar da palavra deverá se pôr de pé e estender o braço e a mão direita.
O 2º. Vig\ concederá a palavra a todos, e não segue uma ordem de prioridade, podendo ir indistintamente ao Oriente, Ocidente, Norte ou Sul.  Em geral, o 2º Vig\, que normalmente deixa sua fala por último, segue pela ordem em que os irmãos se manifestaram, independente de grau ou posição em loja.
Uma vez que todos já falaram, ou se não houve manifestação, o 2º Vig\informa ao V\M\, de acordo com o ritual, que “ninguém (mais) se manifestou”.

- O Tronco de Beneficiência
O V\M\então informa que irá encerrar o trabalho com “uma ação de amor” e solicita ao 2º Diac\que “lembremos dos pobres”.   É apresentado o Tronco de Beneficiência, uma esmoleira que circula por toda a loja, fazendo um único giro, ou seja, e passando por todos os irmãos “sem qualquer formalidade”, sempre no sentido horário, que termina na mesa do Ir\ Tes\. O resultado da coleta deve ser registrado na ata de forma direta e objetiva nos valores em vigor no país (Reais).

- Apagamento das Três Pequenas Luzes e o Dobramento do Tapete
O V\M\ pergunta ao 1º Vig\ por que o seu lugar é o Ocidente, q ao receber a resposta, informa que “os trabalhos estão encerrados” e solicita que este cumpra o seu dever no fechamento da Oficina. E assim é feito. O Irmão 1º Vig\ coloca a Oficina em Ordem e informa a todos sobre o encerramento em honra do GADU.
Em seguida, o V\M\ e os Vigilantes seguem para junto de suas respectivas “Pequenas Luzes” (grandes velas) na borda do Tapete e inicia o apagamento na seguinte ordem e dizeres: pelo 1º Vig\, “ A luz se apaga, mas em nós continua a atuar o fogo da Força”; o 2º Vig\,”A luz se apaga, mas em torno de nós permaneça o brilho da Beleza”; e, por fim o V\M\,”A luz se apaga, mas sobre nós continua a brilhar a luz da Sabedoria”.
Apagadas as grandes velas, o 1º. Vig\solicita aos Irmãos 1º e 2º Diac\ que dobrem o Tapete. Da mesma forma que na abertura, o Tapete é dobrado ritualisticamente, do Oriente para o Ocidente, seguindo o movimento do sol.

- A Cadeia de União e Saída da Oficina
Todas as Sessões do Rito Schröder encerram-se em Cadeia de União, inclusive as de Iniciação, Promoção e Elevação.
A Cadeia de União é normalmente formada, tomando-se com a mão direita a esquerda do Irmão vizinho da direita e assim ela é sempre fechada, e os Irmãos que estão nos lados do V\M\, que ficará de pé atrás do Altar, colocam as mãos sobre os ombros dele (ou sobre o Altar) para que o V\M\ possa ficar com as mãos livres em auxílio à leitura da Oração de despedida que destaca a fidelidade que os nossos irmãos devem ter uns com os outros.
Concluída a oração, o V\M\ saúda a todos com a bateria maçônica do grau, por 3x3. Os Irmãos retribuem também com a bateria maçônica por 3x3.
O V\M\ deseja a todos “Paz, Alegria e Harmonia” e o 1º Diac\ conduz o cortejo de para fora da Oficina na seguinte ordem: Grão-Mestre e Grandes Oficiais, Veneráveis Mestres, Mestres Instalados, Mestres, Companheiros e Aprendizes. Todos passam por fora do Tapete.
Em sequencia, o 1º Diac\ retorna ao Templo para orientar a saída de todos os Oficiais da Oficina, tendo a frente o V\M\, sem uma ordem específica.