sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Régua de 24 Polegadas

Um dia queixava-me de que estava sem tempo para determinadas tarefas. Que não seria capaz de realizar outras, mesmo sabendo serem necessárias e capazes de melhorar minha vida, pessoal e profissional, então ouvi de um poderoso Irmão, na época Sereníssimo de nossa Potência, que antes de qualquer negação, pensasse na “Régua de 24 polegadas”, pois o “homem deve saber valorizar seu tempo e norteá-lo de tal forma que consiga superar suas fraquezas e limitações, e conseguirá então alcançar seus objetivos”.

Tais palavras nos levaram então a buscar um espaço de tempo para nos dedicarmos a esta obra e a outros projetos que hoje desenvolvo. Um exercício à mensagem de nosso Irmão Luiz Zveiter, a quem dedico este texto com muita alegria e reconhecimento.

A primeira observação que fazemos é quanto as características básicas da régua, um instrumento simples, milenar, que nos ensina de uma forma mais simples ainda, o caminho direto entre dois pontos, dois destinos. Filosoficamente, poderíamos dizer tratar-se de um caminho entre a norma e a ordem, entre o que se quer fazer e o que se deve fazer, entre o passional e o racional, entre a direção da ponta do malho ao topo do cinzel. Indica a própria construção do homem, a lapidação de sua forma mais bruta em busca da perfeição.

Com a régua medimos um segmento do infinito. Uma parte de nossa vida. A retidão que buscamos. Do ponto em que encontramos nossa Pedra Bruta até o momento em que a tornamos Cúbica, para nós, e para a sociedade em geral.

A graduação nela colocada, de vinte e quatro polegadas, serve para mensurar o tempo, as vinte e quatro horas do dia em que o homem deve distribuir entre seus exercícios matinais, nem sempre realizados, sua primeira alimentação, às vezes esquecida, seu trabalho, as demais refeições, a necessária recreação, muitas das vezes não considerada, suas reflexões, em geral pouco ou mal aproveitadas, e o merecido repouso, como nos prega a mensagem da criação.

O exercício na separação de cada tempo, dando o ritmo necessário para cada etapa, faz com que o homem evolua, cresça, se realize e desenvolva habilidades que de outra forma poderia pensar ser impossível realizá-las. Uma vitória pessoal, inigualável. É a pura demonstração da vontade, de responsabilidade e do reconhecimento de si próprio. Um caminho que se propõe reto, é íntegro e honesto.

Cada nova ação proposta deverá ser bem estudada, analisada e para ser edificada, basta incluí-la nos intervalos de cada ponto de nossa régua, utilizando para isso os princípios éticos que envolvem a liberdade, a igualdade e a fraternidade.

Somente o aperfeiçoamento resultante nos elevará, nos aproximará de um ideal, porém nada conseguiremos se nos deixarmos envolver pela fraqueza, pela dispersão, por vaidades e pela preguiça que se instala nas mentes mais fracas e oprimidas. Para tanto, utilizemos nossa régua com simplicidade, habilidade e, acima de tudo, com paciência e sabedoria.

4 comentários:

  1. wilson ricardo wagner19 de julho de 2010 às 21:17

    Meus parabéns carissímo irmão, seu texto é de uma consistência impressionante.

    .'.Ir. Wilson.'.

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  2. Obrigado meu Irmão, e o espaço está aberto para suas contribuições.

    cam

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  3. MUITO APRENDI COM ESTE BLOG.
    COMO MAÇON DO GRANDE ORIENTE LUSITANO, PERMITA-ME QUE SIGA O SEU BLOG.

    OBRIGADO



    kira

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  4. Meu Ir.´.
    Eu q agradeço a sua presença. Prometo uma maior assiduidade e agradeço tb as colaborações que desejarem ser publicadas,
    cam

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