quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A Cadeia de União



A
 Cadeia de União é uma formalidade presente em praticamente todos os Ritos. E segundo diversos autores, é o mais perfeito símbolo da unidade maçônica. As mãos entrelaçadas formam elos sem princípio nem fim e que representam a união perfeita, a fraternidade existente entre os irmãos. É o símbolo que talvez melhor represente a unidade da  família maçônica.

O trecho lido do Salmo 133, “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em União!”, em diversos Ritos, parece uma perfeita descrição do sentimento maior da Cadeia de União, ou seja, como é bom e suave a vida em união entre os IIrr\.  É a grande instrução para que juntos possamos ser fortes suficientes para superar as fraquezas e realizar nossos propósitos e crescimento, seja no plano material quanto no espiritual.

No Rito Schröder, a Cadeia de União é obrigatória após o término de todas as suas sessões e é vista principalmente como símbolo de Solidariedade e Reconciliação Universal.  Sintonizados pela força positiva de um pensamento em comum e no mesmo compasso, uma oração do V\M\  fortalece e canaliza as energias em busca da benção do G\A\D\U\ principalmente para os mais necessitados naquele momento. Termina com uma bat\ correspondida por todos os irmãos presentes na Cadeia.

Independente da visão exotérica, fortalecida pela credibilidade nos efeitos da mentalização positiva, uma das primeiras referências formais à Cadeia de União, data de meados do século XVIII, quando o Grande Oriente da França, criou a Pal\Sem\, um sinal de Reg\ Maç\,  adotado praticamente em todas as Potências até os dias de hoje, e definiu que sua transmissão seria oral, em voz baixa, na orelha de cada irmão, e por uma Cadeia de União comandada pelo V\M\ao final da sessão, com a participação de todos os irmãos no centro da Lj\. É claro que com o passar dos tempos e de todas as influências que definiram a criação de novos ritos, inclusive, a Cadeia de União passou a ter outras definições, mas todas se concentram na força de uma união espiritual transmitida pela força de seu elos que caracterizam  a igualdade entre os irmãos, onde não existe o mais forte, nem o mais fraco, e se um deles se romper, imediatamente deve ser substituído.

É de bom senso, que para uma maior concentração, as palavras do V\M\, condutor tanto da oração quanto dos pedidos de energia positiva, que não devem ser dispersas ou numerosos pois certamente divide a concentração, e sempre que possível, realizada com  baixa iluminação do salão e música ambiente, bem relaxante, pois reforçam a absorção dessa energia interior.

Alguns ritos, como o Adonhiramita, o Venerável Mestre ao iniciar a Sessão  comunica a realização da Cadeia de União, que  deverá ser realizada antes do encerramento da sessão,e com o Liv\ da L\ ainda aberto, e  determina apenas um objetivo ou um rogo, para evitar a dispersão da energia.

De acordo com Rito Escocês Antigo e Aceito, assim como diversos outros ritos, a Cadeia de União apresenta  uma formação específica. O V\M\ ocupa o lado mais oriental da Cadeia, à sua direita, o Or\, e à sua esquerda, o Sec\. No lado mais ocidental encontra-se o M\Cer\,   bem à frente do V\M\, ladeado à esquerda pelo 1º Vig\ e à direita pelo 2º Vig\. Os demais Irmãos do quadro completam a Cadeia,  próximos de seus lugares em Loja.

Com base na egrégora criada a partir da soma da energia coletiva da Cadeia de União, esta é também vista como um verdadeiro Círculo Mágico e Sagrado, onde a energia espiritual flui através de cada elo e constitui o verdadeiro Esp\ Maç.: , que deve estar vivo e radiante em cada maçom, que desde sua iniciação é visto como um homem livre e de bons costumes.

Importante observar, que somente com o esforço individual de concentração e meditação, será possível o entendimento maior daquilo que não se lê nos rituais. As atitudes e diferenças, passíveis de ocorrerem entre irmãos e mesmo com os não iniciados, não devem influenciar nos objetivos da Cadeia de União, que servirá inclusive para que estes mais enfraquecidos possam reforçar e revigorar seus elos com a força da fraternidade.

No rigor da postura, a Cadeia de União deve ser formada com os pés em Esq\, calcanhares unidos e as pontas dos pés tocando a dos que estão ao seu lado. Os braços cruzados, sendo o da dir\ sobre o esq\ de modo que a m\ dir\ de um aperte a m\ esq\ do outro em forma de Gar\.  Essa formação simboliza os 3 toques da Cadeia de União:  dos Pés, das Mãos e o Mental.  A quebra da Cadeia deverá ser lenta e suave, para que a força de cada um se estabilize no seu circuito fechado. Cabe ao V\M\ informar se a Cadeia será realizada de acordo com a ritualística ou sem formalidades.

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