quarta-feira, 5 de junho de 2013

Maçonaria não é Religião

Dentro dos resíduos arcaicos de Freud, ou até mesmo pelas vias dos arquétipos Junguianos é possível que a  alma, a nossa linda Psique, aquela mulher maravilhosa e divina senhora, tenha pequenas formas armazenadas na sua memória atávica, onde garimpeiros das pedras preciosas, pedreiros-livres, modernos sensores na captação da Energia Aristotélica, possam ressuscitar Platão e Sócrates das suas grutas arqueológicas, e esses gênios então lhes diga: "Deus é o próprio homem, e a essência antecede a existência".

Pago e satisfeito estou, e foi você confrade Ubyrajara, esse alguém que se preocupou em desmitificar a Maçonaria como uma religião, um absurdo lendário colocado por fantasiosos mítico-esotéricos, ditos Maçons especulativos, que talvez por medo das penalidades dos "santos ofícios", ou por medo da sua não salvação no seu além imaginário, dentro de suas loucuras e delírios míticos, resolveram fazer da Maçonaria, essa escola filosófica milenar de cunho moral e ético, num absurdo da imagem especular religiosa.

E qual seria a religião de Deus? Qual é a religião preferida de Deus? É aquela na qual você melhor se adequa, pois religião
nenhuma salvará o homem perante Deus, pois assim está escrito:
Deus e pelas boas obras.

Que não se preocupem os crentes, pois Deus nunca fará acepção de pessoas, bem como da escolha religiosa de cada um. Somos
iguais e diferentes, graças a Deus! Por este motivo somos árvores
diferentes, e nossos frutos serão colhidos na estação propícia, de
acordo com as nossas condutas humanas e divinas.

A Maçonaria não é contra se falar de Deus, até porque adota na abertura dos seus trabalhos o Livro Sagrado, isso de acordo com
o credo do país em que ela funciona, pois a Maçonaria é laica e não adota religião em suas fronteiras, por achar que todos são de Deus, e por isso todos somos semelhantes perante Deus, pois se assim não o fosse, de que adiantaria a dracma perdida? De que adiantaria aquela senhora doar o único dinar que possuía?
As religiões estão cada vez mais competitivas em suas verda-
des, e digladiam pela posse do senhor supremo, o Deus formador de tudo e de todos, o Deus do amor, ameaçando seus seguidores com a figura do malfeitor, o grande dragão que levará o mundo ao caos, o exaltando, esquecendo de falar da verdade de Deus, que se ouve somente pelo amor e a evolução do homem como criatura divina.

Por esse motivo, a Maçonaria tem que se manter humanista acima de tudo, e por esse motivo ela mexe com os interesses "espirituais" das religiões, e por esse motivo ela será sempre a figura amaldiçoada e fedorenta do bode velho, o nefasto chifrudo tiíão vermelho.

Em verdade vos digo: as religiões conseguiram sucatear a
figura do Pai, bem como a do Filho, e até do Espírito Santo, doa
a quem doer, pois "é somente pela verdade que se liberta" (disse
Jesus) das amarras da imbecilidade.

Buscando apresentar a Maçonaria como um "sistema moral
de aperfeiçoamento do homem" que tem como verdadeiro objetivo a busca da verdade, sem, contudo, apontar-lhes o que considera como verdade, nem a definindo, o confrade Ubyrajara, nessa obra, com seu texto didático nos oferece uma ótima oportunidade de buscarmos a nossa verdade sobre um tema tão complexo: Maçonaria x religião.

A loucura torna-se uma forma relativa à razão, ou melhor, loucura e razão entram numa relação eternamente reversível, que faz com que toda loucura tenha sua razão que a julga e a controla, e toda razão sua loucura na qual ela encontra sua verdade irrisória. Cada uma é a medida da outra, e nesse movimento de referência recíproca elas se recusam, mas uma fundamenta a outra. Foucault

Irm:; Roosewelt F. F. Jardim (Midraj) - M:. I:. - 33°
Médico - Psicólogo
Membro efetivo da Academia Niteroiense Maçônica
de Letras, História, Ciência e Artes.

Membro efetivo da Academia Maçônica de Letras, Ciência e
Artes do Estado do Rio de Janeiro.

Para um livro tão interessante, nada melhor do que uma Apresentação com  tanto estilo. 

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