quarta-feira, 4 de novembro de 2015

RITOS no Brasil



E
ntre o final do século XVIII e início do XIX, fruto do desenvolvimento da Mac\ Operativa, foram definidos procedimentos ritualísticos que iriam caracterizar os trabalhos desenvolvidos em Lojas.  O que parecia simples, logo se transformou numa proliferação de procedimentos diferenciados que fizeram surgir diversos graus e novas ritualísticas, que ficaram reconhecidas por denominações, ou Ritos específicos.

Na Europa, especificamente no Grande Oriente de França, em virtude da pressão de irmãos mais conservadores, houve por bem buscar uma fórmula para harmonizar as diferentes doutrinas que vicejavam desordenadamente num emaranhado proliferar de altos graus, seja por influência dos cavaleiros, da nobreza e até de misticismos, que  desfiguravam os procedimentos básicos criados para a ritualística da Ordem. Assim, o Grande Oriente de França nomeou uma comissão de maçons de elevada cultura para estudar todos os sistemas existentes e elaborar um rito composto do menor número possível de graus e que contivesse os ensinamentos maçônicos em sua plenitude.

Após alguns anos de estudos, a comissão não conseguiu chegar a um consenso e recomendou  manter  apenas os três graus iniciais. Em Agosto de l777, o Grande Oriente acatou a conclusão da comissão e enviou circulares a todas as lojas da obediência, afirmando que  só seriam reconhecidos  os três primeiros graus simbólicos, fato que gerou de imediato a reação  de alguns  irmãos, como por exemplo, aqueles que praticavam o Rito de Perfeição ou  de  Heredon,  com seus 25 graus em prática.

O resultado é que alguns Ritos continuaram com seus graus e durante alguns anos permaneceu a discussão em aberto, até que em 1782,  uma nova comissão, com o nome de Câmara dos Ritos, concluiu pela uniformização de três graus simbólicos, e que cada Rito poderia ter outros graus de acordo com seus procedimentos.

Em l785, foram  editados os  rituais  oficiais para os três graus simbólicos, resultado da uniformização e da codificação das práticas das Lojas Francesas nos anos anteriores.  

Atualmente já foram contabilizados mais de 400 Ritos diferentes, sendo alguns deles de quase ou nenhuma expressão. E no Brasil, os principais Ritos praticados são: o Rito Escocês Antigo e Aceito, predominante, com mais de 85% de adeptos; Rito de York; Rito Adoniramita (de uso muito restrito); Rito Moderno ou Francês; Rito Brasileiro; e o nosso Rito de Schröder, considerado um Rito em ascensão.

DEFINIÇÃO

Na linguagem coloquial, de acordo com os dicionários em vigor, Rito é definido como  “qualquer cerimônia de caráter sacro ou simbólico que sugere uma prática estabelecida”. Para a Or\Mac\ existe uma pequena e sutil diferença na descrição, ou seja, o Rito é caracterizado não como a “cerimônia” mas sim como o “conjunto de regras ou normas, com as quais se praticam com certa regularidade um complexo de cerimônia”.

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Nasceu no catolicismo, no século XIX, na provável data de 31 de maio de 1801, sendo depois aristocratizado. Algumas de suas principais características são:
  •  33º graus – os três primeiros graus são básicos e subordinados a uma obediência; do 4º ao 33º são graus considerados filosóficos e caracterizados pela Pot\;
  • na vestimenta, a gravata preta e os Punhos para o V\.M\ e Vigilantes;
  • os Aventais seguem a Convenção de  Lausanne.  Para o A\M\, Avental branco (de 35cm / 40cm), com a abeta voltada para cima. O de C\M\, também branco, sua abeta é para baixo. O Avental do M\M\ apresenta sua abeta também para baixo, com as bordas originalmente bordadas em vermelho, e com as letras MB no centro.  Atualmente a maioria das Lojas do REAA utiliza a cor azul para a borda de seus aventais;
  • a Loja do REAA é ornamentada por diversos símbolos e alegorias, tais como: o pavimento mosaico; as colunas zodiacais; a abóbada celeste; o gradil entre o Oriente e Ocidente; o Altar de Juramento; o Olho Que Tudo Vê; a  Estrela Flamígera; a Corda de 81 Nós; a Espada Flamejante; o Painel de Graus; o  Mar de bronze e o Turíbulo ou Incensário;
  •  no Ritual do REAA, destacamos: a Bolsa de Propostas e Informações; o giro ritualístico (ou hierárquico) para o Tronco da Solidariedade; a  Prova dos Elementos, quando na Iniciação e a presença obrigatória do Orador para “dar legalidade aos trabalhos” em cada sessão.

RITO DE YORK

Sob a liderança de Mario Behring, e inspirado na Grande Loja de Nova York, surgiu no Brasil no séc. XX, em 1927, juntamente com a criação das Grandes Lojas estaduais brasileiras. Apresenta algumas características próprias:
  • os cargos em Loja possuem denominações diferenciadas, ou seja: Diretor de Cerimônia; Capelão; Organista;  Esmoler;  Mordomo e Administrador da Caridade;
  • na ornamentação do Templo, destacam-se: o Pavimento Mosaico; a letra “G” no centro da Loja;  os pedestais do V\M\ e dos Vigilantes; a Pedra  Bruta esquadrejada; o Altar de Juramento; a  Espada para o Guarda Externo; os Painéis de Graus e o andar esquadrando o templo;
  • a cor predominante do Rito de York é o azul.
RITO ADONIRAMITA

Introduzido no Brasil no início do século XIX pelo GOB (inicialmente, Grande Oriente Brasílico), em 1822, ao lado do Rito Moderno ou Francês. Por determinação do Imperador D. Pedro I foi proibido de funcionar e alguns anos depois liberado. Atualmente raras são as Lojas que ainda o praticam.

O Rito Adoniramita se caracteriza por seu “Sistema de Sete Graus” e uma grande riqueza cênica em suas  cerimônias, tanto as  magnas de Iniciação e Exaltação quanto outras específicas, tais como:
  • a  Cerimônia de Incensação;
  • o  Cerimonial de Fogo;
  • as Doze Badaladas Argentinas;
  • a  Cena da Traição.

RITO MODERNO ou FRANCÊS

O Rito Moderno ou Francês tem origem no séc. XVIII, ano de 1761, em Paris. Constituído em dezembro de 1772, foi oficialmente proclamado em 09 de marco de l773, pelo Grande Oriente de França. Inicialmente composto por três graus, adotava as primeiras Constituições de Anderson de  l723.

Em 1786, após uniformização dos três graus simbólicos, o Rito Moderno ou Francês atualizou seus rituais incluindo 4 graus filosóficos com as seguintes denominações:
  • 1ª Ordem - 4º   Grau - Eleito
  • 2ª Ordem - 5º   Grau - Eleito Escocês
  • 3ª Ordem - 6º   Grau - Cavaleiro do Oriente ou da Espada
  • 4a. Ordem - 7º   Grau - Cavaleiro Rosa-Cruz
 Atualmente, no Brasil, o Rito Moderno funciona com mais 2 graus acrescidos na5ª Ordem:
  • 5ª Ordem - 8º  Grau - Cavaleiro da Águia Branca e Preta, Cavaleiro Kadosh Filosófico, Inspetor  do Rito.
  • 5ª Ordem - 9º  Grau  -  Cavaleiro  da  Sapiência  -  Grande      Inspetor do Rito.
Destaca-se como característica principal do Rito Moderno ou Francês, sua filosofia básica, que não está presente diretamente em seus rituais, mas na sua própria história.

Com base na Mac\ Francesa, da época em que prevalecia o Humanismo, e portanto os pensamentos racionais e científicos, seus ensinamentos são mantidos até os dias de hoje., como por exemplo, a máxima de que “ o maçom deve ter a faculdade de pensar livremente, de trabalhar para o bem-estar social e econômico do cidadão, de defender os direitos do homem e uma melhor distribuição de rendas”.

Não admite a limitação do alcance da razão e desaprova o dogmatismo e imposições ideológicas, inclusive de credos religiosos. Seu comportamento racionalista é adogmático, pela busca da Verdade, ainda que provisória e em constante mutação, e do respeito absoluto à liberdade de pensamento e consciência.

A filosofia do Rito se opõe a qualquer espécie de discriminação. A não admissão de mulheres dá-se em decorrência de tratados e não da natureza do Rito.

RITO BRASILEIRO

O Rito Brasileiro, de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, é formado por 33 graus independentes. Sua filosofia básica é teísta e entende que “prevalece o espírito sobre a matéria e a existência de um Princípio Criador - o Supremo Arquiteto do Universo”. E para esclarecer aos que indagam sobre o Rito, a resposta vem numa frase: "Cultiva a tua religião e segue as inspirações da tua Consciência. Ama o teu semelhante e a Terra que te acolhe".

Sua história não é totalmente clara. Alguns historiadores afirmam que é originário de um grupo de maçons, comandados por José Firmo Xavier, da Grande Loja Provincial de Pernambuco, que entre 1848 e 1878, elaboraram uma Constituição Especial para o Rito Brasileiro.

Talvez com a intenção de fins políticos, ou ainda para obter as benesses do governo imperial, o grupo buscou apoio em D. Pedro II, que nunca foi maçom, e entregou os documentos, hoje depositados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, para tutela do Imperador e do Papa, que nada fizeram em prol do movimento e, evidentemente, a tentativa de fundação do Rito não deu certo.

O desejo de criação do Rito não morreu e em dezembro de 1914, foi criado e incorporado o Rito Brasileiro ao Grande Oriente do Brasil, com reconhecimento e autorizado a funcionar em outubro de 1916. No entanto o Rito logo adormeceu.  Não foram fundadas Lojas e muito menos criados seus rituais.  

Apesar do tempo decorrido, e pela persistência de abnegados irmãos, em 1940, o Ilustre Conselho aprovou uma nova Constituição e autorizou o Grão-Mestre a reativar o Rito Brasileiro, cuja regularização foi conduzida por Comissão que publicou em 1941 um Ritual, ainda provisório, com 19 artigos, cópia do Rito de York, alterando apenas a Pal\ de Pas\ para “Cruzeiro do Sul”. Era composto de 3 graus simbólicos e outros 4 reconhecidos como títulos de Honra.

E somente em abril de 1968, foi aprovado pelo Supremo Conclave do Brasil, sua Constituição, juntamente com o Regulamento Especial e o Estatuto do Rito Brasileiro, com 3 graus simbólicos e 30 filosóficos, do 4 ao 33. O Rito foi ratificado por aclamação em 10 de junho de 1968, pelo Tratado de Amizade e Aliança Maçônica entre o Grande Oriente do Brasil e o Supremo Conclave do Brasil.

O Rito Brasileiro, conhecido como Rito Maçônico Perene, é também identificado como Rito Maçônico Brasileiro ou o Rito da Maçonaria Renovada, exige dos seus Ob\ a Vida Reta e o Esp\ Frat\, e busca conciliar a Tradição com a Evolução, para que assim a Mac\ não se torne uma força esgotada. E tem como objetivo básico “resgatar informações escondidas nas profundezas abissais do oceano da natureza humana e que possam prestar serviço e benefício ao maior número possível de pessoas”.  Destacam-se como algumas de suas características próprias:
  • o Brasão do Rito, representado pelo Tríplice Triângulo dentro de um círculo encimado pela legenda URBI ET ORBE (que significa sua atuação nacional e internacional, expressão antes utilizada privativamente pela Igreja Romana) e com a legenda inferior HOMO HOMINIS FRATER (O Homem é um Irmão para o Homem);
  • a Medalha do Supremo Conclave, que possui a forma de uma estrela de sete pontas raiadas, com as legendas RITO BRASILEIRO, na parte superior, e SUPREMO CONCLAVE DO BRASIL, na inferior;
  • a Medalha do Grau, confeccionada em latão dourado, com o Olho no ângulo superior, separado por linha larga, abaixo da qual o Tríplice Triângulo com o número 33 ao centro. Ao alto, à esquerda, a palavra HOMO tendo à direita, a palavra HOMINIS e, em baixo, a palavra FRATER;
  • o Estandarte do Rito é confeccionado em cetim violeta, medindo 100cmx70cm, tendo, ao centro, o Brasão em cor amarela;
  • a Bandeira do Soberano Grande Primaz é em tecido branco, tendo uma Fênix em cor violeta, encimada pelo Brasão do Rito e com a legenda PAX OPUS JUSTITIA EST na parte inferior;
  • o Soberano Grande Primaz traja, nas sessões magnas, terno e sapatos pretos, camisa branca e gravata preta ou violeta, com o Manto Níveo, ou da Luz Intensa, com o Cordão da Humildade, em cor violeta ou preta. À cabeça, traz o Solidéu branco, de quatro estrias violetas; ao pescoço, o Colar de 33 nós, e no dedo anular da mão direita, o Anel elaborado em ouro, com turmalina violeta ou ametista;
  • nas sessões magnas da Iniciação, porta o Cetro da Força trabalhado em acácia ou mogno e metal nobre. O Cetro é, parcialmente, oco e contém, no interior, a ata da sessão de eleição do S.'. G.'. P.'. em uma das pontas e a ata da sessão de posse, na outra;
  • presa ao Manto, à altura do coração, a Serpente sobre o Tao, em alfinete ou adorno de metal nobre;
  • o Selo é confeccionado em metal e consta de Cruz Papal com a inscrição GRANDE PRIMAZ, SERVIDOR.
RITO SCHRÖDER

Assim como na França, a Mac\ da Alemanha, por volta de 1782, sentiu a necessidade de elaborar um novo ritual, procurando eliminar descaracterizações, erros e mesmo dúvidas decorrentes do que era então utilizado. Foi constituída uma Comissão para reerguer a Mac\ de acordo com sua origem Inglesa, integrada, em 1788, pelo Irmão Friedrich Ludwig Schröder.

Após algumas tentativas sem sucesso para a aprovação do novo Ritual, somente em junho de 1801, na Assembléia Geral dos Veneráveis Mestres da Grande Loja Provincial da Baixa Saxônia e Hamburgo, sob o malhete do G\ M\ Friedrich Ludwig Schröder, que “considerava a Constituição Inglesa e o velho Ritual Inglês, como as únicas fontes da finalidade e da essência da Maçonaria”, o texto foi oficialmente aprovado.
Em 1853, pouco menos de 40 anos após a morte de Schröder, a Grande Loja de Hamburgo fez uma nova revisão e liberou um ritual para uso oficial, que ficou em uso até 1935. Esta versão serviu de base para novas edições, especialmente através das Lojas “Absalom zu den Drei Nesseln Nº 1 (Absalom das Três Urtigas)”, do Or. de Hamburgo, “Friedrich zum Weissen Pferd Nº. 19 (Frederico ao Cavalo Branco)” e “Zum Schwarzen Bär Nº 79 (Ao Urso Preto)”, ambas do Or. de Hanover.

Estas revisões, realizadas de forma independente, fizeram com que existissem na Alemanha 2 rituais oficiais e mais 2 admitidos para o Rito Schröder, que foram unificados no ritual de 1960, pela Comissão Ritualística da Loja Absalom Nº 1, com as alterações e adaptações consagradas nos Usos e Costumes da Loja e consagrado como o Ritual da Grande Loja dos Maçons Antigos, Livres e Aceitos da Alemanha – GL AFuAMvD,

Chegou ao Brasil pela colonização germânica, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Inicialmente falado em alemão, aos poucos foi adaptado para o idioma português.

Em 1957, o Ir.’. Wigando Schmidt da Loja Mozart Nº 8 de Joinvillle – SC, traduziu, e sua Loja publicou, a 1ª versão em Português do Ritual Schröder de 1853. E, em 1982, o ritual de 1960 da Loja Absalom Nº 1 foi traduzido pelos Irmãos Gerhard Ludwig Richard Reeps, M.I., e Kurt Max Hauser, P.G.M., para a Loja “Concordia et Humanitas” Nº 56.  Este Ritual foi homologado pela G\L\M\E\R\G\S\, para uso das Lojas da sua Jurisdição e atualmente é a base dos rituais adotados pelas demais Grandes Lojas brasileiras. O G\O\R\G\S\ homologou seus Rituais em 1996, com base na mesma versão de 1960, de acordo com proposta elaborada pela Comissão Ritualística da Loja “Harmonia IV – Zur Eintracht, 1874”, do Or. de Porto Alegre. Atualmente é reconhecido pelas Grandes Lojas estaduais; pelo GOB e pelos Grandes Orientes Estaduais Independentes.

O Ritual Schröder é dividido em 5 partes: os rituais para os Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom; o ritual Festivo: “Loja de Mesa” ou ”Banquete Ritualístico” e o ritual “Loja de Funeral” ou “Noite de Exéquias”, ambos no Grau de Aprendiz Maçom.

Como característica básica, se observa a simplicidade de seus templos, praticamente sem ornamentações e pouquíssimas alegorias, tais como o Tapete, que possui todos os símbolos necessários para o perfeito entendimento dos graus,  o Livro Sagrado e as Luzes que ornamentam o próprio Tapete, o V.M. e seus Vigilantes. 

Algumas características do rito:
  • três graus simbólicos, determinam seus trabalhos;
  • somente os cargos de V.M., Vigilantes e Tesoureiros são eletivos;
  • o Orador é nomeado pelo V.M. e não atua como guarda de lei;
  • nas sessões, a palavra franca  é concedida pelo V.M. através do segundo Vigilante;
  • o uso de chapéu (ou cartola) é obrigatório nas sessões;
  • o Avental do Aprendiz é  similar ao de outros ritos, na cor branca, com sua abeta levantada e o de Companheiro, com a abeta para baixo;
  • o Avental de Mestre, V.M. e ex-veneráveis, são também brancos porém com a borda azul e abeta abaixada sem rosetas ou taús para ornamentá-los;
  • o Rito Schröder  não adota a cerimônia de instalação do V.M., podendo, no entanto, seus VV.MM serem instalados em outros ritos;
  • além das sessões ritualísticas, o rito prevê outros tipos de sessões, ou seja,  sessões “a campo”, ou fora do templo, para o tratamento de assuntos administrativos, trabalhos ou instruções e a Noite dos Convidados, uma sessão especial, utilizada para a apresentação de candidatos à Loja;
  •  todos tem direito ao voto e à palavra.



Nota:
A trabalho em questão foi baseado em pesquisas na Internet, com trechos de autoria não identificada, da Wikipédia e do Ir\ Ubyrajara Filho e  tem como objetivo principal o incentivo à pesquisa, principalmente aos recém iniciados, sem no entanto ter a mínima pretensão de esgotar o assunto.